Jornalistas do Rio e de Brasília fazem paralisação histórica e exigem reajuste

Atividades suspensas no horário de fechamento nas redações. Esse foi o protesto realizado no Rio de Janeiro e em Brasília, por jornalistas de revistas e jornais, impressos e digitais, nesta quarta-feira (25) diante da proposta patronal de reajuste muito abaixo da inflação. Profissionais de O Globo, Extra, Valor Econômico, O Dia, Lance, revistas da Editora Globo entre outros aderiram à paralisação. No Distrito Federal a paralisação contou com adesão de 95% dos trabalhadores(as), apenas algumas chefias não participaram. Há mais de 30 anos a categoria não realizava movimento grevista.

A data-base da categoria é 1º de fevereiro e, três meses depois, o que as empresas de comunicação ofereceram foi 3,5% de reajuste, sem retroatividade, índice completamente fora da realidade já que a inflação até a data-base já estava em 10,60%. O abono oferecido foi de apenas 20%. A proposta foi rejeitada. Em reunião, foi sinalizado o reajuste de 4%, mas não formalizado pelo sindicato patronal.

O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, filiado à CUT, afirma que a mobilização vai continuar caso a negociação não avance. Há previsão de suspensão das atividades por quatro horas nos próximos dias.
“Os profissionais estão sendo desvalorizados e não vão parar enquanto não houver proposta que garanta a reposição integral da inflação. Está na mão das empresas. Pela coragem de todos(as) por lutarem por reposição salarial digna, vamos avançar e não permitiremos nenhum tipo de retaliação aos jornalistas,” garantiu Virgínia Berriel, diretora do Sindicato dos Jornalistas do Rio e dirigente da CUT.